Todas as fotos publicadas são de minha autoria, tiradas com telemóvel.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Contra a violência doméstica

"Enquanto gritas à tua mulher, companheira ou namorada, há um homem desejando sussurrar-lhe ao ouvido. Enquanto a humilhas, ofendes e insultas, há um homem cortejando-a e recomendando-lhe que é boa mulher, enquanto lhe bates, há um homem desejando dar-lhe amor. Enquanto a fazes chorar, há um homem que lhe rouba... sorrisos".  Somos únicas, deusas da maternidade e merecemos o melhor. E é importante gostarmos de nós todos os dias, termos amor próprio.  ( alguém que me é muito próximo acaba de ser vitima de violência)

sábado, 29 de janeiro de 2011

Sonhos sempre Sonhos ( que nunca deixemos de sonhar)


Em especial dedicada ao Luis Coelho em Lida Coelho.  E a todos que ainda se atrevem a sonhar. Dedicação colectiva da "flor de Jasmim e folha seca"

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Quem sabe

Muito raramente as pessoas são aquilo que aparentam ser,  algumas  por amor e na esperança de  ver  em pratica as qualidades que lhes  foram transmitidas, eu continuo  esperar o melhor delas e nunca estou preparada para o pior.

As desilusões com o ser humano deixam-me profundamente triste. Sinto que sou fraca e por vezes não resisto à vertigem do abismo em esticar a corda e ver até onde consigo suportar a trabalhar sem rede.

E porque nunca mais aprendo com os trambolhões que tenho levado na vida, passo a sofrer cada vez mais desilusões. Porque será que as pessoas que mais amamos nos magoam tanto. Quem sabe, talvez todo o meu sofrimento não seja uma punição, mas sim apenas um desafio. Quem sabe.

P.S. Sei que a minha amiga R.vai ler isto, não posso deixar de lhe agradecer  pelo tempo que ontem me dedicou e pelas lágrimas que  choramos juntas. Um beijinho muito especial para ela.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A chuva

Lá fora a chuva cai
o vento sopra tristemente
que bate na minha janela
        friamente

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sérgio Godinho - O primeiro dia

Que Possa-mos

"Que possa-mos sorrir
sempre que alguém precisar
       do nosso sorriso
Que o nosso coração transborde
       de amor,  sonhos
    e bons sentimentos

Que cada pôr-do -sol
    nos leve de vez
as amarguras e desilusões
   do nosso dia à dia

Que cada novo amanhecer
   seja sempre uma nova
        possibilidade
    de recomeçar-mos
         aquilo que
   achar-mos perdido

Que seja-mos felizes
    todos os dias
Que a nossa vida
  seja maravilhosa
  Que sonhamos
Que ria-mos de felicidade"



terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Mensagem

"Num sorriso pintei
A sombra de uma lágrima
Num sonho escrevi
Uma música
Numa onda do mar
Perdi os meus medos
Numa  estrela do céu
Escondi meus desejos

E nesta mensagem
Deixo a magia
Do sentimento
Que ilumina uma
Das razões da minha vida
    O Amor"

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Existe um lugar

"Onde o amor é verdadeiro
Onde tudo é possivél
Onde se dorme um sono de paz
Onde as flores têm um cheiro especial
Onde os abraços vêm acompanhados
de um doce sabor

Este lugar chama-se coração
É nele que guardo
As pessoas que nem sempre vejo
Mas que nunca esqueço".

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Ofereci Poemas

"Sorrisos, postais,
Pétalas, lágrimas
Ofereci o coração
O meu tempo
Ao tempo da felicidade

Ofereceram-me a vida
A vida aceitou-me
Como presente
Um sorriso
Um olhar, um gesto
Que aceito
Dependendo
Da minha sensibilidade"

sábado, 1 de janeiro de 2011

O Telefonema que não recebi

A minha passagem do Ano foi na companhia  de pessoas  conhecidas e do meu Ro. o homem  que eu amo, para mim a companhia dele e  ter falado com a minha filha mais velha ao telefone foi a coisa mais importante desta  noite. No  entanto não  consegui evitar a  tristeza que  invadiu o meu coração, não consegui  evitar a saudade que de mim se apoderou , uma  saudade enorme  do telefonema que não recebi  e ao qual  me habituei a receber durante anos.

 Sempre à meia noite o meu telemóvel tocava, era a minha filha mais nova que emocionada dizia-me "Feliz Ano Novo mamã" e trocávamos uma ou outra frase, não muito no ultimo ano em que ela me telefonou, porque enquanto falávamos o meu  neto  mais novo,  o Emanuel André  a quem chamamos  de (Bekas), que vai fazer 4 anos, estava a choramingar pedindo o telefone à mãe e a dizer "eu quelo falal com minha avó Adélia" a minha filha passou-lhe o telefone e ele disse -me ainda a choramingar " Vó tenho medo dos puns puns" referia-se aos foguetes, eu disse-lhe "querido os puns não fazem mal ao Bekas eles são lindos", ele então disse-me "beijinho vou passal ao Diogo.

O Diogo Emanuel é o irmão que vai fazer 9 anos, esse vinha eufórico e disse-me"Avó beijinho amo-te tanto pa xempe" (esta é uma frase que transmiti às minhas filhas desde muito pequenas e que a transmitimos para os meus netos). Mas falando do Diogo ele depois desta frase disse-me "beijinho vou ver os foguetes, avó não desligues vou passar ao Carlos".

O Carlos Miguel é o irmão mais velho vai fazer 14 anos, esse alongou mais a conversa, além de me desejar um Feliz Ano Novo, fez questão de contar uma ou outra peripécia que tinha passado lá em casa durante a noite, despediu-se dizendo-me "beijinho amo-te tanto pa xempe vou ter com o Diogo ver o fogo de artificio, o Bekas tem medo é mesmo palerma xau avó".

Mas esta foi a segunda noite de passagem do Ano que não tive esse telefonema nem a voz dos meus netos, tal como foi o segundo Natal que não passei com a minha filha e os meus netos.
Isto porque desde Outubro/09 que eu e meus netos estamos a ser vitimas de uma chantagem inclassificável, que foi o pai usar as crianças para atingirem fins, esta proibição estende-se também à minha própria filha, que foi proibida de me falar, ela que tanto amo, não consigo descrever por palavras o amor incondicionavel que sinto,  é um amor que só uma mãe e avó pode sentir, um amor puro, verdadeiro.

Por isso  estou a sofrer tal qual os meus netos, porque estamos proibidos de nos vermos, de nos falarmos. É uma violência tremenda que estão a fazer comigo e com aquelas crianças que me adoram. Estão a roubar-nos o direito de vivermos os  melhores momentos das nossas vidas  como  avó e netos. Eu choro imenso porque o necessito é a minha dor, o meu sofrimento. As minhas lágrimas são os meus gritos abafados que ninguém ouve. Eu sofro demais quando me tiram algo que amo, passo o tempo a interrogar-me porquê.

Mas aqui a resposta é simples, apenas porque não cedi à chantagem, eu disse NÃO, e disse-o por ser eu própria, porque prefiro uma verdade em dose única do que uma mentira a conta-gotas, porque não consigo viver, nem lidar com a mentira. Vou continuar a ser eu mesma, não vou fazer favores para agradar aos outros, nem que para isso tenha que continuar a sofrer, ou até  vir a ser vitima de outras chantagens.

Sei que ficar presa ao passado é criar uma amarra que não me deixa seguir em frente, é uma mágoa que fica presa numa ligação dolorosa. É preciso não esquecer o passado, mas simplesmente partir porque só existe o agora. Vou tentar estruturar a minha vida com energias positivas, porque as negativas comprometem a felicidade daqueles que me amam, já para  não falar da minha.

Sei que o que estão a roubar a mim e aos meus netos, o que nos estão a fazer perder jamais será recuperado. E porque a esperança deve sobreviver a tudo e abrir-nos o caminho, eu tenho essa esperança de poder  viver o suficiente até que os mais novos cresçam e venham a perceber, porque o mais velho tem a noção da violência por que está a passar.

Estou a sentir-me tola ao escrever isto aqui, mas é um desabafo de uma dura realidade. E que existe muito: os pais serem vitimas dos próprios filhos, no meu caso é um genro.